A província Hubei, que responde por cerca de 30% da produção do país, está com acesso restrito por conta do avanço da doença
O surto de coronavírus afetou severamente a produção de fosfato na China. Com isso, os preços dos fertilizantes fosfatados provavelmente subirão, segundo análise do Rabobank. “É provável que os preços aumentem como resultado do aumento dos custos de produção e da oferta escassa”, assinala.
O mercado doméstico chinês de fertilizantes está estagnado como resultado do novo coronavírus. A escassez de mão-de-obra e as restrições logísticas tornaram-se as principais preocupações dos fabricantes. Muitos tiveram que cortar ou interromper a produção, especialmente as pequenas e médias empresas.
Para garantir a progressão normal da produção e o preparo do solo para as culturas de primavera, o governo chinês emitiu um aviso de emergência para garantir o transporte e a circulação de produtos agrícolas. Atualmente, a situação melhorou, com o número de novos casos confirmados caindo por 16 dias consecutivos, exceto na província de Hubei, que permanece com transporte rodoviário restrito.
Hubei sempre foi o maior fabricante de fertilizantes fosfatados da China, respondendo por cerca de 30% da capacidade do país, de acordo com o Rabobank. A epidemia dificulta a retomada do trabalho das empresas de fertilizantes fosfatados, e a taxa de utilização caiu cerca de 30% a 40%, causando um declínio na produção.
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Se o surto for bem controlado e as restrições de transporte forem levantadas em março (principal período para a aplicação de fertilizantes fosfatados em muitas culturas), a demanda aumentará para aproveitar ao máximo a curta temporada agrícola e pressionará os preços dos fertilizantes fosfatados. Isso pode ser uma boa notícia para os fabricantes que passaram por dificuldades em 2019.
“Mas é importante estar ciente de que o impacto do surto nos mercados de consumo pode continuar, potencialmente reduzindo os preços dos produtos agrícolas e afetando a intenção dos agricultores de investir em fertilizantes devido à falta de capital”, informa o banco holandês.
Fonte: Canal Rural