Para demonstrar os prejuízos da compactação do solo e a importância da diversificação de culturas nos sistemas de produção, a Embrapa irá promover demonstrações de boas práticas agrícolas para manutenção e recuperação da qualidade do solo na Vitrine de Tecnologias da Embrapa no Show Rural Coopavel, evento que será realizado de 2 a 7 de fevereiro, em Cascavel (PR).
Na estação de Manejo do Solo e de Plantas de Cobertura, na Vitrine da Embrapa, uma parte da área foi compactada propositalmente e a outra é um exemplo de solo produtivo. “Nosso objetivo é facilitar a visualização dos efeitos dessas duas práticas”, explica o pesquisador Osmar Conte, da Embrapa Soja. Com este objetivo, foi aberta uma trincheira de aproximadamente 1,5 metro de profundidade em que será possível visualizar as características e o comportamento das raízes de soja nestas duas condições. “A ideia é mostrar aos visitantes do evento a vantagem de se ter um sistema radicular abundante e extenso, enfatizando o potencial de produção de raiz”, destaca o pesquisador.
Também haverá um painel demonstrativo com raízes reais de oito espécies (braquiária ruziziensis, capim sudão, milheto, milho 1ª safra, milho 2ª safra, soja, crotalária ochroleuca e crotalária spectabilis). As raízes de braquiária ruziziensis a serem demonstradas chegam a 2,8 metros de profundidade e o volume radicular de uma única planta ocupa uma largura de 30 cm em toda a sua extensão, representando uma produção potencial de raízes impressionante, de cerca de 20 t/ha. De acordo com Conte, as raízes, muitas vezes, são uma parte negligenciada na planta, mas que precisa ter papel de destaque. “O sistema radicular profundo é de extrema importância para que a planta absorva melhor os nutrientes, consiga buscar água em níveis diferentes do solo e até mesmo incorpore carbono e matéria orgânica”, diz.
Outra iniciativa será a demonstração de plantas de cobertura, que são alternativa para a diversificação de culturas e melhoria da qualidade do solo. Os visitantes poderão visualizar a campo: capim sudão, braquiária ruziziensis, crotalária ochroleuca, crotalária spectabilis, milheto e ainda um mix de culturas contendo milheto, crotalária, braquiária e trigo mourisco.
“As plantas de cobertura são a principal ferramenta de manejo de solo por meio de diversificação de espécies. São espécies que se enquadram em janelas de cultivos ou são opções para serem usadas após a soja. Também podem ser usadas em consórcio com o milho ou mesmo após o milho nos sistemas soja-milho. “A proposta é discutirmos os melhores cenários para a melhoria da qualidade do solo, por meio da utilização de plantas de cobertura que promovem a diversificação nos sistemas de produção”, diz o pesquisador.
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